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O trabalho de parto é um processo fisiológico, definido pela presença de contrações uterinas que induzem a dilatação e extinção do colo do útero, que culmina na expulsão do feto e dos produtos da conceção. O trabalho de parto é composto por 3 estádios: o 1.º estádio começa com o início das contrações regulares, o 2.º estádio inicia-se com a dilatação cervical completa e o 3.º estádio começa imediatamente após a expulsão fetal e termina com a expulsão da placenta. Os principais fatores necessários para a progressão normal do trabalho de parto são os três Ps: Power (força = contrações uterinas), Passenger (passageiro = feto) e Passage (passagem = pelve materna). O trabalho de parto pode tornar-se anormalmente prolongado, com necessidade de ser acelerado, normalmente com oxitocina, para prevenir complicações maternas e fetais.
Última atualização: Jul 25, 2022
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O trabalho de parto define-se como contrações uterinas regulares que provocam dilatação e extinção cervical, levando à expulsão do feto e dos produtos de conceção. As características de um trabalho de parto normal incluem:
Existem ligeiras diferenças no trabalho de parto normal entre primíparas e multíparas (explicitadas abaixo).
A progressão do trabalho de parto é monitorizada através de exames cervicais seriados que permitem avaliar a dilatação e extinção cervical, e o plano da apresentação fetal.
Existem 3 estádios do trabalho de parto:
Para que o trabalho de parto progrida normalmente, são necessárias: contrações uterinas com força adequada e toleráveis para o feto, e o encaixe fetal na pelve materna. Estes requisitos designam-se de 3 Ps: Power (força), Passenger (passageiro) e Passage (passagem).
São requeridas múltiplas características fetais para que possa haver um parto vaginal seguro. A cabeça fetal deve ser fletida e diretamente alinhada com a coluna materna de forma a encaixar através da pelve materna.
Diâmetros da cabeça fetal:
Apresentação de vértice: diâmetro suboccipitobregmático de aproximadamente 9,5 cm
Apresentação de vértice com a cabeça estendida: diâmetro occipitofrontal de aproximadamente 11,5 cm
Apresentação de sobrancelha: diâmetro supraoccipitomentoniano de aproximadamente 13 cm
Apresentação de face: diâmetro submentobregmático de aproximadamente 9,5 cm
Apresentações de face As posições de mento anterior são capazes de fletir e permitir a passagem da cabeça fetal, contudo as posições de mento posterior são incapazes de fletir, pelo que não pode haver parto vaginal.
Imagem por Lecturio.Apresentação de face (posição de mento posterior)
Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0Apresentação de sobrancelha (posição de mento posterior)
Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0Apresentação pélvica
Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0Visão geral das diferentes posições de vértice
LOA: occiput anterior esquerdo
LOP: occiput posterior esquerdo
LOT: occiput transverso esquerdo
OA: occiput anterior
OP: occiput posterior
ROA: occiput anterior direito
ROP: occiput posterior direito
ROT: occiput transverso direito
A pelve materna deve ser suficientemente grande para acomodar o feto. Na avaliação inicial, a pelve é classificada como “adequada” ou “inadequada” para uma tentativa do parto.
Pelve ginecoide:
A pelve feminina é classificada com base na forma da sua abertura. A pelve ginecoide é ideal para o parto, devido ao seu formato redondo e espaçoso.
Pelve antropoide:
A pelve feminina é classificada com base na forma da sua abertura. A pelve antropoide tem um diâmetro anteroposterior maior.
Pelve platipeloide:
A pelve feminina é classificada com base na forma da sua abertura. A pelve platipeloide é larga e estreita.
Pelve androide: A pelve feminina é é classificada com base na forma da sua abertura. A pelve androide tem uma forma em coração.
Imagem por Lecturio.Divisões e duração típica do 1.º estádio do trabalho de parto:
Accel.: aceleração
Decel.: desaceleração
Max: máximo
No final do terceiro trimestre, é comum ocorrem contrações irregulares e episódios de contrações regulares. A fase latente determina o trabalho de parto verdadeiro, pela presença de contrações, regulares e persistentes, que permanecem até ao parto.
A fase ativa é o período em que as alterações cervicais ocorrem mais rapidamente, levando ao parto.
Primípara | Multípara | |
---|---|---|
Trabalho de parto latente | Dura < 20 horas | Dura < 14 horas |
Trabalho de parto ativo | 1,2 cm/hora | 1,5 cm/hora |
Abordagem geral:
Avaliação materna:
Avaliação fetal:
Diagnóstico | Critérios | Tratamento |
---|---|---|
Prolongamento da fase latente | Duração da fase latente anormalmente longa:
|
As opções incluem:
|
Prolongamento da fase ativa |
|
|
Paragem da fase ativa | O colo do útero tem ≥ 6 cm e:
|
Cesariana |
Etiologia | Tratamento | |
---|---|---|
Power (Potência) | Potência inadequada: < 200 MVUs medidas com um IUPC | Pitocina: para ↑ força das contrações |
Passenger (Passageiro) | Apresentação anómala:
|
|
Posição anómala:
|
|
|
Intolerância fetal ao trabalho de parto / alteração da frequência cardíaca fetal | Ressuscitação fetal:
|
|
Gestações gemelares de ordem elevada | Cesariana | |
Passage (Passagem) | Desproporção cefalopélvica: a cabeça fetal não encaixa na pelve materna | Cesariana |
O 2.º estádio do trabalho de parto inicia-se com a dilatação completa do colo do útero e termina com a expulsão fetal.
Os movimentos cardinas do trabalho de parto descrevem o movimento que o feto desenha enquanto se move através da pelve materna. Estes movimentos alinham os maiores diâmertos fetais com o maior diâmetro pélvico (o diâmetro anteroposterior entre o púbis e o sacro).
Primípara | Multípara | |
---|---|---|
Com epidural | 3 horas | 2 horas |
Sem epidural | 2 horas | 1 hora |
Anomalia | Definição | Tratamento |
---|---|---|
Atraso do 2.º estádio | Duração fora dos parâmetros normais |
|
Paragem do 2.º estádio | Sem descida durante ≥ 2 horas | Cesariana |
Distócia de ombros | Há expulsão da cabeça fetal, mas os ombros continuam presos sob o púbis → emergência obstétrica: o feto não recebe oxigénio durante este período |
|
O 3.º estádio do trabalho de parto começa imediatamente após a expulsão fetal e termina com a expulsão completa da placenta.
Os sinais indicativos de que a placenta está pronta para a expulsão, são:
Placenta humana, poucos minutos após o nascimento:
O lado apresentado está voltado para o feto, com o cordão umbilical em cima e à direita. O lado não visível liga-se à parede uterina.