A síndrome da dificuldade respiratória, também conhecida como doença das membranas hialinas, deve-se à produção inadequada de surfactante pulmonar nos pulmões imaturos. É mais frequente nos recém-nascidos prematuros. A incidência está inversamente relacionada com a idade gestacional, com maior risco em recém-nascidos com menos de 28 semanas. A avaliação pré-natal da maturidade pulmonar e a administração de corticosteróides podem melhorar os resultados, no caso de não ser possível evitar o parto pré-termo. O diagnóstico é clínico. Os recém-nascidos afetados apresentam sinais de dificuldade respiratória ao nascimento ou logo após, com adejo nasal, respiração ofegante e tiragem. O tratamento inclui coritcosteróides pré-natais, surfactante exógeno e suporte respiratório. Associa-se a elevada morbimortalidade nos recém-nascidos prematuros.
Última atualização: May 7, 2024
A síndrome da dificuldade respiratória neonatal é uma condição causada pelo défice de surfactante pulmonar, mais frequentemente observada em recém-nascidos prematuros com < 28 semanas de gestação.
Fisiopatologia da síndrome de dificuldade respiratória neonatal:
A: Alvéolo normal: O surfactante reduz a tensão de superfície, prevenindo o colapso alveolar durante a expiração.
B: Deficiência de surfactante: É necessário aumentar a pressão para manter a expansão alveolar, levando a um aumento da probabilidade de colapso durante o fim da expiração.
Radiografia do tórax 1 dia após o nascimento de um menino que, após 29 semanas e 3 dias de idade gestacional, desenvolveu dificuldade respiratória:
A radiografia mostra sinais de síndrome de dificuldade respiratória com opacidades granulares finas generalizadas, que formam broncogramas aéreos. O tórax tem a forma de sino devido à diminuição do volume pulmonar.
Síndrome da dificuldade respiratória: recém-nascido prematuro (sob pressão positiva contínua nas vias aéreas)
Imagem : “Premature infant CPAP” por Brian Hall. Licença: Domínio Público