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As funções primárias do trato gastrointestinal (GI) incluem a digestão de alimentos e a absorção de nutrientes. Os múltiplos órgãos do sistema GI secretam várias substâncias no lúmen para auxiliar na digestão e/ou na regulação da função GI. A maioria das secreções digestivas têm origem nas glândulas salivares, estômago, pâncreas e vesícula biliar, embora os intestinos também secretem fluídos e muco, fundamentais para proteger as suas paredes internas.
Última atualização: Jun 24, 2022
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A digestão é dividida em 3 fases: cefálica, gástrica e intestinal.
Existem 3 glândulas salivares primárias (todas com estrutura tubuloacinar), que juntas produzem uma combinação de secreções serosas e mucosas.
A saliva consiste em:
Descrição geral:
Células acinares:
As células acinares secretam um filtrado, com Na + , K + , Cl – , HCO 3– , água e outras substâncias.
Células ductais:
As células ductais modificam o filtrado à medida que ele se move através dos ductos, reabsorvendo Na + e Cl – e secretando mais K + e HCO 3– .
A xerostomia, ou boca seca, é o termo clínico usado para identificar a deficiência de secreção salivar, que ocorre frequentemente como parte da síndrome de Sjögren, como efeito adverso de alguns medicamentos (como antidepressivos, anti-hipertensores ou anticolinérgicos) e em indivíduos submetidos a radioterapia para cancro da cabeça e do pescoço.
As glândulas oxínticas gástricas são encontradas debaixo (e com abertura) nas fossas gástricas. As glândulas contêm vários tipos de células, incluindo:
Camadas da parede do estômago:
No epitélio, as fossas gástricas levam às glândulas gástricas, que secretam uma variedade de substâncias para auxiliar na digestão.
Estrutura de uma glândula gástrica com os diferentes tipos de células
Imagem por Lecturio.Movimento de iões nas células parietais:
O ácido carbónico dissocia-se em H + e HCO 3–. O H + é trocado por K + na membrana apical pela H + /K + ATPase. Troca-se um HCO 3– por um Cl – na membrana basolateral; O Cl – move-se então para o lúmen.
As secreções gástricas são fortemente influenciadas pela sinalização parassimpática via nervo vago (nervo craniano X), que liberta ACh, que induz a produção de ácido por várias vias.
Diagrama das vias de estimulação e inibição para secreção ácida numa célula parietal:
A gastrina e a acetilcolina ativam Gq , uma proteína G, que cliva o fosfatidilinositol-4,5-bifosfato (PIP 2 ) em inositol trifosfato (IP 3 ) e diacilglicerol (DAG). O IP3 causa libertação de cálcio (Ca 2+) do retículo endoplasmático (RE), enquanto o DAG ativa a proteína quinase C (PKC) via fosforilação. Tanto o Ca 2+ como a PKC estimulam a bomba H + /K + a secretar ácido. A histamina ativa Gs , que ativa a adenilato ciclase (AC), resultando num aumento do AMPc intracelular. Posteriormente, o AMPc ativa a proteína quinase A (PKA), que estimula a bomba H + /K + a secretar ácido. A somatostatina e as prostaglandinas inibem a produção de ácido induzindo Gi , que inibe a AC.
CCK: colecistocinina
PLC: fosfolipase C
Ach: acetilcolina
Diagrama com as vias diretas e indiretas de estimulação de libertação de ácido pela acetilcolina (ACh):
A via direta envolve a estimulação dos recetores muscarínicos (M3) nas células parietais. As vias indiretas envolvem a estimulação de células tipo enterocromafina (ECL), induzindo a libertação de histamina, e a estimulação de células G induzindo-as a secretar gastrina. Tanto a histamina como a gastrina estimulam as células parietais a secretar ácido.
SNE: sistema nervoso entérico
CCK: colecistocinina
Somatostatina e prostaglandinas:
Existem 2 tipos de tecidos pancreáticos:
Um desenho do pâncreas com os seus 2 principais componentes teciduais: o pâncreas endócrino (ilhotas de Langerhans ou ilhotas pancreáticas) e o pâncreas exócrino (células exócrinas ou ácinos pancreáticos)
Imagem por Lecturio.O pâncreas exócrino secreta uma mistura conhecida como suco pancreático, que contém água, enzimas, zimogénios (proteínas inativas), HCO 3– e eletrólitos:
Secreção pancreática de iões e os seus níveis plasmáticos:
Observe que à medida que a taxa de fluxo (eixo x) aumenta, a concentração de HCO 3– na secreção pancreática (eixo y) aumenta acima dos níveis plasmáticos, indicando secreção. O oposto acontece com o Cl –, cuja concentração cai abaixo dos níveis plasmáticos, indicando reabsorção.
Secreção de HCO 3– pelas células ductais pancreáticas: o CO 2 entra nas células, combina-se com a água para formar ácido carbónico (H 2 CO 3 ), e então divide-se em H + e HCO 3–. O H + é movido de volta através da membrana basolateral para o espaço intersticial por meio de um canal de troca de H + /Na +, enquanto o HCO 3– é secretado através da membrana apical para o lúmen através de um canal de troca de HCO 3– /Cl – . O Cl– pode ser reciclado de volta ao lúmen através de um canal de Cl–. Depois, o Na + é removido da célula através da membrana basolateral via Na + /K + ATPase. Parte do Na + move-se paracelularmente para o lúmen, trazendo água consigo.
Imagem por Lecturio.Percentagem de secreções produzidas:
Estimulação da secreção:
Diagrama de uma célula pancreática exócrina e as suas vias de estimulação de secreção:
Observe como o péptido intestinal vasoativo (VIP) e a secretina aumentam a concentração de AMPc intracelular, enquanto o péptido libertador de gastrina (GRP), acetilcolina (ACh) e colecistocinina (CCK) aumentam as concentrações intracelulares de Ca 2+. Ambas as vias resultam na fosforilação das proteínas estruturais e reguladoras, induzindo, em última análise, o ancoragem e a fusão de grânulos secretores que contêm enzimas.
A função primária da vesícula biliar é o armazenamento e concentração da bílis. A bílis pode ser concentrada na vesícula biliar em cerca de 5%‒20% por desidratação:
Mecanismo de concentração biliar: o Na + é trocado por H + na membrana apical e posteriormente trocado por K + na membrana basolateral. Em seguida, o Cl – é trocado por HCO 3– na membrana apical e desloca-se para o espaço intersticial através dos seus próprios canais. O gradiente de concentração produzido induz o movimento transcelular e paracelular da água.
Imagem por Lecturio.A bílis é continuamente produzida pelo fígado; assim sendo, a regulação é via libertação da vesícula biliar.