O refluxo vesicoureteral (RVU) corresponde ao fluxo retrógrado de urina da bexiga para o trato urinário superior. O RVU primário resulta habitualmente do encerramento incompleto da junção ureterovesical, enquanto o RVU secundário ocorre devido a uma obstrução anatómica ou fisiológica. O refluxo vesicoureteral não provoca sintomatologia específica, mas deve suspeitar-se se for detetada hidronefrose na ecografia pré-natal ou numa criança pequena com infeção do trato urinário. Deve ser realizada uma cistouretrografia miccional para diagnóstico e avaliação da gravidade. A maioria dos pacientes terá resolução espontânea do RVU. Alguns pacientes podem necessitar de tratamento cirúrgico, sobretudo nos casos de refluxo de alto grau.
Última atualização: Jun 2, 2022
O refluxo vesicoureteral (RVU) corresponde ao fluxo retrógrado de urina da bexiga para o trato urinário superior.
RVU primário:
RUV secundário:
Funcionamento normal da bexiga e dos ureteres:
Os ureteres entram num ângulo que permite que a bexiga comprima a abertura uretral, encerrada durante a micção para prevenir o refluxo.
Fisiopatologia do refluxo vesicoureteral primário:
Um defeito ao nível do ureter terminal e na capacidade de encerramento da junção ureterovesical leva a fluxo anterógrado da urina para os ureteres durante a micção.
Não existem sinais ou sintomas específicos de RVU, no entanto, deve suspeitar-se nas seguintes situações:
Não existe nenhuma análise laboratorial capaz de diagnosticar RVU. Para avaliar potenciais complicações pode solicitar-se as seguintes análises:
Ecografia renovesical:
Cistouretrografia miccional:
Achados imagiológicos no refluxo vesicoureteral:
A: Ecografia pós-natal revelando hidronefrose unilateral
B: Cistouretrografia miccional evidenciando refluxo de contraste nos ureteres direito, esquerdo e sistemas coletores (direita: grau III, esquerda: grau V)
Os exames de imagem permitem classificar a gravidade do RVU.
Tratamento conservador:
Tratamento invasivo: