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A paragem cardíaca é a cessação completa e abrupta do débito cardíaco, associada a colapso hemodinâmico. Os pacientes apresentam-se sem pulsação, sem resposta e em apneia. Os ritmos associados à paragem cardíaca compreendem a fibrilhação e a taquicardia ventriculares, a assistolia e a atividade elétrica sem pulso. O tratamento da paragem cardíaca é iniciado com suporte básico de vida (SBV) em contexto pré-hospitalar e com suporte avançado de vida (SAV) em contexto hospitalar. O suporte básico de vida consiste na avaliação do estado mental do paciente, na ativação do sistema de resposta a emergências e na reanimação cardiopulmonar (RCP). Deve usar-se um desfibrilhador automático externo (DAE) assim que estiver disponível. A RCP de elevada qualidade (com desfibrilhação precoce em ritmos desfibrilháveis) é crucial para a sobrevivência de pacientes em paragem cardíaca. O suporte avançado de vida inclui RCP, proteção da via aérea, administração de fármacos (nomeadamente a epinefrina), bem como a identificação e tratamento da causa subjacente. Os cuidados pós-paragem cardíaca sucedem o restabelecimento da circulação espontânea (RCE).
Última atualização: Jun 21, 2022
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A paragem cardíaca súbita (PCS) é a cessação abrupta da atividade cardíaca.
Os 5 Hs e 5 Ts das causas reversíveis comuns de paragem cardíaca súbita:
Existem quatro ritmos cardíacos principais associados à PCS. Estes podem ser divididos em ritmos desfibrilháveis e não desfibrilháveis.
Os ritmos desfibrilháveis são, geralmente, causados por doença cardíaca primária (mais frequentemente por isquemia). Menos frequentemente, são causados por condições sistémicas (distúrbios eletrolíticos, toxinas, autoimunidade).
Atividade elétrica sem pulso (AESP): ECG apresenta ritmo elétrico organizado. No entanto, ao exame objetivo o paciente não apresenta pulso
Imagem por Lecturio.Assistolia: ECG de assistolia (linha plana), apresentando ausência de atividade elétrica cardíaca
Imagem por Lecturio.Ciclo geral de RCP: (início: imagem inferior)
1. Após reconhecimento de paragem cardíaca, aplicar 30 compressões torácicas firmes.
2. Seguir as compressões de 2 ventilações.
3. Quando um DAE estiver disponível, colocar as placas auto-adesivas nas posições apropriadas.
4. Quando solicitado pelo DAE, avaliar o ritmo e administrar o choque assim que indicado (após a confirmação de que ninguém está em contacto físico com o paciente).
Retomar o ciclo de RCP após a administração do choque.
Diferentes cenários que ilustram o uso de suporte básico de vida (SBV) para adultos
Perante o reconhecimento de possível paragem cardíaca, é necessária uma avaliação rápida. Na presença de respiração e pulso normais, é importante monitorizar e ficar com o paciente até que a ajuda chegue. Na presença de respiração anormal (respiração agónica/ofegante) e pulso normal, o início de ventilações está recomendado. Na ausência de sinais de respiração e de pulso não palpável, deve ser iniciada a RCP e o DAE utilizado assim que possível, seguindo as instruções. A presença de ritmo não desfibrilhável indica continuação da RCP. A presença de ritmo desfibrilhável indica a administração de choque e a necessidade de retomar a RCP imediatamente.
Abreviaturas:
DAE: desfibrilhador automático externo
RCP: reanimação cardiopulmonar
Desfibrilhação de acesso público
Dado que a paragem cardíaca é uma causa de morte evitável, os programas de desfibrilação de acesso público garantem a disponibilidade de DAEs para uso imediato por indivíduos leigos, quando necessário.
Circulação, via aérea e respiração são a base do suporte avançado de vida cardiovascular. Desde 2010, a abordagem terapêutica tem se centrado no início de compressões torácicas, de forma a atuar, primeiramente, na circulação, e posteriormente na permeabilização da via aérea e na respiração (atráves de ventilações).
Diagrama relativo à paragem cardíaca no adulto
Após o reconhecimento de paragem cardíaca, é feita uma avaliação rápida da respiração, pulso e ritmo (assim que o monitor cardíaco esteja disponível) e a reanimação cardiopulmonar (RCP) é iniciada. Desfibrilhar ritmos desfibrilháveis, nomeadamente a fibrilhação ventricular (FV) e a taquicardia ventricular (TV) sem pulso. Na presença de atividade elétrica sem pulso/assistolia, a RCP continua. Simultaneamente ao longo do processo, o acesso endovenoso (EV) (ou intraósseo) é obtido para permitir a administração de fármacos necessários. A epinefrina EV é administrada a cada 3-5 minutos.
A intubação endotraqueal (via aérea avançada) é realizada. A capnografia de onda quantitativa (que mostra o CO₂ no fim da expiração (ETCO₂) é monitorizada. Se o ETCO₂ estiver baixo, reavaliar a qualidade da RCP.
O ciclo de etapas (desfibrilhação e/ou RCP com interrupção mínima + suporte da via aérea → avaliação de ritmo, pulso e tensão arterial → administração EV de fármacos) continua até ao restabelecimento da circulação espontânea (RCE). A continuação do ciclo é também avaliada na ausência de RCE. Os sinais de RCE são: presença de pulso e tensão arterial, aumento abrupto e sustentado do etCO₂ (cerca de ≥ 40 mm Hg) e ondas de tensão arterial espontâneas com monitorização intra-arterial.
Sinais de restabelecimento da circulação espontânea
Critérios para a cessação da reanimação:
As condições seguintes são causas de paragem cardíaca: