A paracoccidioidomicose (PCM) é uma infeção fúngica endémica causada pelo Paracoccidioides brasiliensis e pelo P. lutzii. O fungo está distribuído geograficamente pelo México e América do Sul e Central. A transmissão é por inalação e a maioria das infeções é assintomática. O fungo infeta os pulmões e dissemina-se de seguida para a pele, membranas mucosas e para outras partes do corpo. A infeção primária é tipicamente autolimitada. No entanto, se a infeção não for contida pelo hospedeiro e/ou o doente não for tratado, podem ocorrer complicações que ponham em risco a vida. As infeções agudas geralmente afetam populações mais jovens, apresentando-se com adenopatias, hepatoesplenomegalia, lesões cutâneas e sinais de disfunção da medula óssea. A paracoccidioidomicose crónica é mais frequente, sobretudo em homens. Esta representa a reativação da infeção, apresentando-se por doença pulmonar ou por infeção disseminada. O diagnóstico baseia-se na microscopia, histopatologia, culturas e nas serologias. O itraconazol é usado geralmente para a doença ligeira a moderada e a anfotericina B para a doença grave e/ou do SNC.
Última atualização: Mar 10, 2022
Morfologia:
Histopatologia do Paracoccidioides:
Veem-se células com células-filhas em gemulação (blastoconídios) no tecido, como o leme de um navio (o volante do capitão ou do piloto)
Lesões faciais causadas por paracoccidioidomicose numa criança brasileira.
Imagem: “Paracoccidioidomycosis lesions” de CDC/Dr. Martins Castro. Licença: Domínio PúblicoHistopatologia da paracoccidioidomicose
Imagem: “Histopathology of paracoccidiodomycoisis” do CDC. Licença: Domínio PúblicoCultura de Paracoccidioides brasiliensis na sua fase de levedura
Imagem: “A culture of Paracoccidioides brasiliensis during its yeast phase” do CDC. Licença: Domínio Público