Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
O número necessário para tratar (NNT) é o número de pacientes que é necessário tratar para prevenir 1 resultado adverso adicional (por exemplo, acidente vascular cerebral, morte). Por exemplo, se um fármaco tem um NNT de 10, significa que têm de ser tratadas 10 pessoas com o fármaco para evitar 1 resultado adverso adicional. O NNT é o inverso da redução do risco absoluto (ARR, pela sigla em inglês), que é igual à taxa de eventos adversos ocorridos no grupo de controlo menos o número de resultados adversos no grupo experimental.
Última atualização: Jul 28, 2022
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Para compreender o conceito de número necessário para tratar, recomenda-se algum conhecimento prévio sobre estatística descritiva e inferencial.
O número necessário para tratar (NNT), também chamado número necessário para beneficiar (NNTB, pela sigla em inglês); e seu análogo, o número necessário para causar dano (NNH, pela sigla em inglês), são simplesmente outras medidas de tamanhos de efeito, como o d de Cohen, e ajudam a relacionar uma diferença de tamanho de efeito com a relevância clínica do mundo real.
O NNT significa quantos pacientes precisariam de ser tratados para melhorar 1 paciente adicional, que de outra forma não teria melhorado sem esse tratamento específico.
Todos os termos representam o valor absoluto da diferença entre a proporção (expressa como percentagem, fração ou incidência) de pacientes do grupo de controlo (Pc) que tiveram o desfecho de interesse e a proporção de pacientes do grupo experimental (Pe) com o desfecho de interesse:
$$ {ARR = ARD = ARE = \left | P_{c} – P_{e} \right |} $$O NNH é o número adicional de indivíduos que precisariam de ser expostos ao risco (exposição prejudicial ou tratamento) para que 1 pessoa a mais desenvolva a doença em comparação com o grupo não exposto.
Uma tabela de contingência 2 x 2 usa um resultado binário e 2 grupos de indivíduos para mostrar a base para o cálculo do NNT e do NNH. Cada resultado deve ser expresso como uma proporção, uma percentagem ou uma incidência, e não como o número real de indivíduos.
Resultado | Grupo tratado | Grupo de controlo |
---|---|---|
Positivo | a | b |
Negativo | c | d |
Total | a + c | b + d |
Se o seguinte for verdadeiro, a diferença nas proporções é P tratado – P controlo.
A diferença de risco absoluto (ARD, pela sigla em inglês) é igual à ARR, que é calculada como o valor absoluto da diferença entre P tratado e P controlo.
$$ {ARD = ARR = \left | P_{tratado} – P_{controlo} \right |} $$Assim, o NNT pode ser calculado como:
$$ {NTT = \frac{1}{\left | P_{tratado} – P_{controlo} \right |}} $$Se o grupo tratado ou exposto tiver um resultado pior do que o de controlo, a ARR é chamada de ARE. Neste caso, o NNT é chamado de número necessário para prejudicar (NNH). Em ambos os casos, o cálculo é o mesmo (NNH = 1/ARD).
Um ensaio clínico aleatorizado estudou o efeito da exposição infantil ao fumo passivo na incidência de adenocarcinoma broncogénico (AB). O estudo incluiu 100 indivíduos (50 expostos ao fumo passivo na infância e 50 controlos saudáveis sem exposição na infância) e envolveu a monitorização da incidência de AB ao longo da vida. Os dados do estudo são mostrados na tabela abaixo:
Resultado | Grupo exposto | Grupo de controlo |
---|---|---|
AB presente | 18 | 7 |
AB não presente | 32 | 43 |
Total | 50 | 50 |
Qual é o NNH?
Resposta: NNH = 1/diferença de risco absoluto (chamada “ARE” quando o NNH está envolvido). ARE = Pe – Pc = 18/50 – 7/50 = 0,22. NNH = 1/0,22 = 4,45 ⇾ 5, o que significa que precisam de ser expostos 5 indivíduos ao fumo passivo na infância para que 1 pessoa a mais desenvolva AB em comparação com o grupo não exposto.
Qual é o aumento do risco relativo no estudo citado na pergunta 1?
Resposta: O aumento do risco relativo = (Pe – Pc)/Pc = (18/50 – 7/50)/7/50 = 1,57, o que significa que indivíduos expostos ao fumo passivo na infância têm 1,57 vezes mais probabilidade de desenvolver AB após exposição ao fumo passivo do que aqueles que não foram expostos.