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A hiperplasia endometrial (HE) diz respeito ao crescimento anormal do endométrio uterino. Este crescimento anormal pode ser devido à estimulação de estrogénio ou mutações genéticas que levam à proliferação descontrolada. O carcinoma endometrial (CE) é a neoplasia ginecológica mais comum em países desenvolvidos e inclui vários tipos histológicos. O carcinoma endometrioide (conhecido como CE tipo 1) geralmente desenvolve-se a partir de hiperplasia endometrial atípica, é hormonalmente responsivo e apresenta um prognóstico favorável. Outros tipos histológicos são conhecidos como CE tipo 2; tendem a apresentar-se em estadios mais avançados, não respondem a hormonas e têm um prognóstico muito pior. Mulheres com HE e CE tendem a apresentar hemorragia menstrual irregular ou pós-menopausa. O diagnóstico é histológico. O tratamento geralmente envolve terapia com progesterona, cirurgia e radioterapia adjuvante (para doença avançada).
Última atualização: May 10, 2022
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A hiperplasia endometrial (HE) é um estado de proliferação excessiva de células endometriais, que resulta num aumento do rácio glândula-estroma.
O carcinoma endometrial (CE) refere-se à proliferação excessiva de células endometriais que são capazes de invadir os tecidos circundantes e metastatizar para locais à distância.
Existem 2 sistemas de classificação primária para hiperplasia endometrial:
Terminologia do sistema da WHO | Terminologia do sistema EIN | Características |
---|---|---|
Endométrio normal | Endométrio normal |
|
Hiperplasia sem atipia | Hiperplasia benigna do endométrio |
|
Hiperplasia atípica | EIN |
|
A classificação do CE é de acordo com o seu subtipo histológico. O adenocarcinoma endometrioide de baixo grau é conhecido como tipo 1 e todos os outros são do tipo 2.
O grau descreve a quantidade de crescimento glandular sólido. O cancro endometrial é classificado em 1 de 3 graus.
Grau | Definição | Histologia |
---|---|---|
I | Bem diferenciado | ≤ 5% do tecido exibe um padrão de crescimento sólido |
II | Moderadamente diferenciado | 6%–50% do tecido exibe um padrão de crescimento sólido |
III | Pouco diferenciado | > 50% do tecido exibe um padrão de crescimento sólido |
O estadio descreve a extensão da disseminação do tumor. O estadiamento tem em consideração o tamanho do tumor, extensão da invasão local, envolvimento gnaglionar e metástases. Existem 4 estádios principais no CE. A doença é estadiada com base nos achados de maior grau “highest findings”. Por exemplo, um tumor confinado ao colo do útero, mas com gânglios linfáticos positivos, é classificado como estadio III. Da mesma forma, a invasão direta do tumor na mucosa da bexiga é estádio IV, independentemente do envolvimento dos gânglios linfáticos.
Estádio | Extensão da invasão do tumor no tecido circundante | Metastização |
---|---|---|
I | O tumor está confinado ao corpo uterino. | Nenhuma |
II | O tumor invade o estroma do colo do útero, mas não se estende além do útero. | Nenhuma |
III | Tumor invade anexos, vagina ou paramétrio. | Metástases para gânglios linfáticos regionais: gânglios linfáticos pélvicos ou para-aórticos |
IV | Invasão direta do tumor na mucosa da bexiga ou reto |
|
A maioria dos fatores de risco para HE e CE inclui qualquer fator que aumente a exposição ao estrogénio sem oposição.
Os seguintes fatores diminuem o risco de HE/CE:
Cerca de ¾ das mulheres diagnosticadas com CE estão na pós-menopausa. A apresentação clássica é uma mulher obesa de 60 e poucos anos com hemorragia pós-menopausa.
A biópsia é necessária para o diagnóstico definitivo de HE e CE. O exame pélvico geralmente é normal. Todas as mulheres que apresentem hemorragia anormal (especialmente hemorragia pós-menopausa) devem ser avaliadas com ecografia pélvica e/ou biópsia.
O tratamento é principalmente cirúrgico, com potencial para radioterapia adjuvante. O tratamento da doença avançada é altamente individualizado.