A apófise é um centro secundário de ossificação encontrado em segmentos de ossos que não suportam peso. A apófise é também um local de inserção ligamentar ou tendinosa e está envolvida no crescimento periférico do osso. Estes centros de crescimento secundários geralemnte permanecem patentes no final da infância e podem não encerrar até ao início da vida adulta. Com o uso excessivo, a apófise pode ficar inflamada e dolorosa, tornando-se vulnerável à rotura e à avulsão. Uma fratura aguda com avulsão da apófise ocorre quando uma porção da apófise é arrancada pelo ligamento, geralmente secundária a movimentos explosivos e contrações musculares excêntricas. As fraturas com avulsão da apófise são tratadas principalmente de forma conservadora, mas podem requerer tratamento cirúrgico se o fragmento avulsionado for grande ou se estiver significativamente deslocado.
Última atualização: Jan 9, 2025
Uma fratura com avulsão ocorre quando parte de uma apófise é arrancada pelo ligamento devido a uma contração súbita, excêntrica ou concêntrica, forçada do músculo a que está ligada.
As apófises existem em muitos ossos e são o local de inserção de uma série de ligamentos. Podem ocorrer fraturas com avulsão em qualquer um destes locais.
Locais mais frequentes de fraturas com avulsão da apófise pélvica:
a: crista ilíaca (fixação dos músculos oblíquos e retos abdominais)
b: espinha ilíaca anterior superior (fixação do músculo sartório; visto mais frequentemente em velocistas adolescentes)
c: espinha ilíaca anterior inferior (fixação do reto femoral)
d: região superior da sínfise púbica (inserção do músculo reto abdominal)
e: tuberosidade isquiática (avulsão de inserção do tendão dos hamstrings, vista em velocistas adolescentes; frequentemente mal diagnosticada como lesão aguda do tensão ou músculo)
f: pequeno trocanter do fémur (inserção do músculo iliopsoas, lesionado raramente em adolescentes durante uma lesão traumática)
As lesões agudas das apófises geralmente não são relacionadas com o contacto, mas devidas a uma súbita contração muscular excêntrica e explosiva.
Os pacientes apresentam-se com:
O exame pode revelar:
Raio-X de um rapaz de 15 anos revelando uma fratura com avulsão mais antiga da tuberosidade tibial:
Fragmentos avulsos de osso (seta) são por vezes visíveis na radiografia de lesões agudas, enquanto o edema dos tecidos moles é um achado inespecífico visto com muitos tipos de fraturas.
TC axial da pélvis mostrando uma fratura com avulsão da espinha ilíaca anterior esquerda:
Enquanto a radiografia é suficiente para diagnosticar frações de avulsão, a TC é às vezes utilizada para avaliar o tamanho do fragmento ósseo e para quantificar o seu deslocamento no planeamento perioperatório.
A radiografia pélvica ântero-posterior mostra uma fratura com avulsão da espinha ilíaca anterior inferior direita.
Imagem: “Pelvis anteroposterior X-ray” por From the Faculty of Medicine (SS, UT, Birhan OKTAS), Department of Orthopaedics and Traumatology, Kırıkkale University, Kırıkkale, Turkey. Licença: CC BY 4.0O tratamento da maioria das lesões agudas com avulsão não é cirúrgico e baseia-se na localização e na quantificação do deslocamento do osso avulsionado.
Refixação cirúrgica da fratura com avulsão da tuberosidade tibial: radiografias pós-operatórias em ântero-posterior e lateral do joelho esquerdo após a refixação da fratura com avulsão da tuberosidade tibial
Imagem: “Radiographs of left knee” por Department of Orthopaedic Surgery and Traumatology, Kantonsspital Bruderholz, CH-4101 Bruderholz, Switzerland. Licença: CC BY 2.0Outras lesões importantes do esqueleto pediátrico: