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Para além das 3 outras classes principais de agentes antifúngicos (azóis, polienos e equinocandinas), existem outros agentes antifúngicos importantes, utilizados na prática clínica, como a flucitosina, a griseofulvina e a terbinafina. Cada um destes fármacos possui um mecanismo de ação, características e indicações clínicas distintas. A flucitosina é um análogo da pirimidina que interrompe a síntese de DNA e RNA dos fungos. A flucitosina deve ser sempre administrada em combinação com outros agentes antifúngicos e está indicada no tratamento da meningite criptocócica. Tanto a griseofulvina como a terbinafina atuam no estrato córneo da pele e estão indicadas no tratamento das dermatofitoses da pele, cabelos e unhas.
Última atualização: Feb 17, 2023
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Além das 3 principais classes de agentes antifúngicos (azóis, polienos e equinocandinas), existem outros agentes antifúngicos clinicamente importantes, nomeadamente:
A flucitosina é um análogo da pirimidina que impede a síntese de DNA e RNA.
Agentes antifúngicos e mecanismos de ação
Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0Os mecanismos exatos da griseofulvina não estão completamente esclarecidos, mas foram propostos 2 mecanismos de ação:
A terbinafina provoca a deterioração da membrana celular fúngica, inibindo a produção de epóxido de esqualeno, um precursor do ergosterol.
Fármacos | Flucitosina | Griseofulvina | Terbinafina |
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Absorção |
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Distribuição |
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Metabolismo | Metabolizado intracelularmente por leveduras na forma ativa 5-FU |
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Excreção |
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Camadas da pele:
A griseofulvina e a terbinafina penetram no estrato córneo.
A flucitosina tem um espectro de atividade estreito. Devido à sua sinergia demonstrada com outros agentes antifúngicos e ao risco elevado de resistências quando como monoterapia, a flucitosina é utilizada em regime de terapêutica combinada.
A flucitosina é frequentemente administrada com anfotericina B, sendo este um agente altamente nefrotóxico. A insuficiência renal induzida pela anfotericina B pode levar à acumulação de 5-FC (eliminada pelos rins) e, consequentemente, aos efeitos da sua toxicidade direta:
A griseofulvina é usada principalmente no tratamento de dermatofitoses do cabelo, pele ou unhas. No entanto, atualmente, são favorecidos outros agentes mais novos, como a terbinafina ou o itraconazol, em substituição da griseofulvina.
No geral, a griseofulvina tem níveis relativamente baixos de toxicidade. Os efeitos adversos podem incluir:
A maioria dos efeitos adversos são ligeiros e autolimitados.
Classe de fármacos (exemplos) | Mecanismo de ação | Relevância clinica |
---|---|---|
Azóis (Fluconazol, Voriconazol) | Inibem a produção de ergosterol (um componente essencial da membrana celular fúngica) bloqueando a enzima lanosterol 14-α-desmetilase |
|
Polienos (Anfotericina B, Nistatina) | Liga-se ao ergosterol na membrana da célula fúngica, criando poros artificiais na membrana → resulta na saída de componentes celulares e na lise celular (morte) | Anfotericina B:
Nistatina:
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Equinocandinas (Caspofungina, Micafungina, Anidulafungina) | Inibe a β-glucano sintetase (enzima que sintetiza β-glucano, um componente estrutural importante da parede celular fúngica) → parede celular frágil → lise celular |
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Griseofulvina |
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Terbinafina | Inibe a enzima esqualeno epoxidase → bloqueia a produção de epóxido de esqualeno, um precursor do ergosterol e componente essencial da membrana celular |
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Flucitosina | Análogo da pirimidina com metabolitos:
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