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O músculo esquelético é um músculo estriado, que contém estruturas contrateis organizadas conhecidas como sarcómeros. Estes são compostos de miofilamentos sobrepostos: actina e miosina. Quando chega um impulso nervoso de um neurónio motor, o sinal desencadeia um potencial de ação (PA) no sarcolema (membrana da célula muscular), estimulando a libertação de iões de Ca do retículo sarcoplasmático (RS) para dentro da célula muscular. O Ca causa uma alteração conformacional nas proteínas reguladoras (troponina e tropomiosina), expondo os locais de ligação da miosina nos filamentos de actina. Usando a energia do ATP, as cabeças de miosina puxam a miosina ao longo da actina, encurtando o sarcómero, o que culmina na contração muscular. O ATP pode ser produzido por mecanismos anaeróbicos e aeróbicos, sendo que a fonte primária de energia ATP numa determinada fibra muscular, determina as suas características funcionais.
Última atualização: Apr 19, 2022
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Os miofilamentos são proteínas individuais que, em conjunto, permitem a ocorrência de contração muscular.
Estrutura da actina (filamento fino) e miosina (filamento espesso): Observar a cabeça globular na miosina. Os pontos amarelos na actina representam os locais de ligação da miosina, que são cobertos pela tropomiosina em estado de repouso. As troponinas contêm os sítios de ligação ao Ca e, quando o Ca está presente, induzem uma alteração conformacional no complexo troponina-tropomiosina, expondo os sítios de ligação da miosina na actina. Quando a miosina se liga à actina e a energia do ATP está presente, ocorre a contração muscular.
Imagem por Lecturio.As miofibrilas, quando observadas ao microscópio, estão organizadas num padrão que cria diferentes faixas e zonas. Estas bandas são criadas pela sobreposição de filamentos de actina e miosina.
A contração das células do músculo esquelético requer estimulação por um potencial de ação com origem nos neurónios motores somáticos.
Placa terminal motora e inervação
ACh: acetilcolina
Micrografia eletrónica a demonstrar um corte transversal através da junção neuromuscular: “T” é o terminal axónico e “M” é a fibra muscular. A seta mostra dobras juncionais com a lâmina basal. São visíveis densidades pós-sinápticas nas pontas entre as dobras. A escala é de 0,3 µm.
Imagem: “Electron micrograph showing a cross-section through the neuromuscular junction” por National Institute of Mental Health. Licença: Public DomainFisiologia da libertação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático em resposta a um potencial de ação:
Uma onda de despolarização (ou seja, o potencial de ação) percorre os túbulos T e estimula os recetores dihidropiridínicos (DHP) dependentes de voltagem. Estes recetores DHP estão mecanicamente ligados aos recetores de rianodina, os quais mantêm, normalmente, os canais de libertação de Ca2+ fechados. Quando os recetores DHP são estimulados por um potencial de ação, removem os recetores de rianodina dos canais de libertação de Ca2+. Assim, permite que o Ca2+ se difunda do retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma, onde se pode ligar à troponina e estimular a contração muscular. O dantroleno liga-se aos recetores de rianodina, impedindo a libertação de Ca2+ e a contração muscular.
O ciclo das pontes cruzadas é o processo pelo qual a miosina e a actina se movem uma ao lado da outra, encurtando o sarcómero e permitindo a contração muscular. Este processo também é conhecido como a teoria dos filamentos deslizantes da contração muscular.
O processo do ciclo das pontes cruzadas
Imagem por Lecturio.Ciclo das pontes cruzadas: O local de ligação da miosina na actina é exposto quando o Ca2+ se liga à troponina. O trifosfato de adenosina liga-se à cabeça da miosina. A ATPase da miosina hidrolisa o ATP em ADP e fosfato, e isso move a cabeça da miosina para uma posição inclinada. Com o ADP e fosfato ainda ligados e a cabeça em posição de gatilho, a miosina é capaz de se ligar aos locais ativos da actina, formando uma ponte cruzada. O ADP e o fosfato são libertados e a energia potencial armazenada é libertada, gerando o golpe de potência: a cabeça da miosina retorna à sua posição em flexão, puxando o filamento de actina com ela. O trifosfato de adenosina liga-se à cabeça da miosina, fazendo com que ela se liberte da actina e recomece o ciclo novamente. Esse processo permite que a miosina “ande” ao longo do filamento de actina, encurtando o sarcómero.
Imagem por Lecturio.O comprimento de repouso do sarcómero tem influência direta na força gerada quando o sarcómero encurta. Esta relação é denominada relação comprimento-tensão.
Uma única contração isolada, de uma única fibra muscular, não possui a capacidade de produzir um trabalho significativo e, aumentar a voltagem do estímulo, não aumenta a força de uma contração. Algumas formas de aumentar a força de uma contração muscular incluem:
Princípios da estimulação muscular: Aumentar a frequência de estimulação aumenta a força da contração muscular.
Imagem por Lecturio.Existem vários tipos de contração muscular com base em como a fibra muscular altera o seu comprimento durante a contração:
O trifosfato de adenosina é a principal fonte de energia necessária para gerar os golpes de potência que causam a contração muscular. Existem várias formas diferentes de gerar essa energia ATP e existem vários tipos diferentes de fibras musculares com base na sua capacidade de usar diferentes fontes de energia.
A concentração de trifosfato de adenosina na fibra muscular é suficiente apenas para sustentar a contração total por 1 a 2 segundos. Portanto, o ADP deve ser refosforilado para gerar novo ATP, permitindo que o músculo continue a contrair-se, o que requer energia.
Existem 3 tipos primários de fibras musculares esqueléticas, encontradas em diferentes músculos em todo o corpo, com base na sua função.
Fibras do tipo I: fibras musculares de contração lenta
Fibras do tipo II: fibras musculares de contração rápida
SO/Tipo I | FOG/Tipo IIA | FOG/Tipo IIB | |
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Sinónimos | Vermelho | Vermelho | Branco |
Atividade da ATPase da miosina | Lento | Rápido | Rápido |
Capacidade de resistência à fadiga | Alto | Moderado | Baixo |
Capacidade oxidativa | Alto | Moderado | Baixo |
Capacidade glicolítica | Baixo | Moderado | Alto |
Conteúdo de mioglobina | Alto | Moderado | Baixo |
Volume mitocondrial | Alto | Moderado | Baixo |
Densidade capilar | Alto | Moderado | Baixo |