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A bronquiolite obliterante é uma doença pulmonar obstrutiva desencadeada por uma lesão bronquiolar, que leva à fibrose inflamatória e estenose dos bronquíolos distais. A lesão bronquiolar desencadeante deve-se muitas vezes à inalação de uma substância nociva, infeção ou toxicidade farmacológica. A bronquiolite obliterante está também associada à doença reumática, sendo uma complicação que importa reconhecer após um transplante pulmonar ou de células estaminais hematopoiéticas. Na sequência da lesão bronquiolar, há uma fibroproliferação anormal nos bronquíolos, que resulta na obstrução das pequenas vias aéreas. Os doentes apresentam tosse progressiva persistente e dispneia. O diagnóstico é geralmente baseado em testes de função pulmonar (que mostram um padrão obstrutivo irreversível, aprisionamento do ar e trocas gasosas diminuídas) e na TC de alta resolução (que mostra aprisionamento aéreo e espessamento da parede brônquica). O tratamento envolve cuidados de suporte, broncodilatadores, glucocorticoides e/ou antibióticos macrólidos. A terapêutica imunossupressora é geralmente aumentada nos doentes submetidos a transplante, sendo que se a doença agravar, pode ser necessário o retransplante.
Última atualização: May 31, 2022
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A lesão das pequenas vias aéreas que desencadeia a bronquiolite obliterante pode resultar de inalação, infeções, exposição a fármacos, inflamação pulmonar reumatológica ou rejeição crónica de transplante.
A lesão dos bronquíolos distais resulta em inflamação. Uma resposta imune desregulada leva à fibroproliferação e estreitamento dessas pequenas vias aéreas e à diminuição do fluxo de ar.
Deve-se suspeitar de bronquiolite obliterante em doentes com dispneia e tosse lentamente progressivas, especialmente quando a apresentação é atípica para se tratar de asma ou de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).
O diagnóstico de bronquiolite obliterante é feito geralmente com base na história clínica, testes de função pulmonar, exames de imagem e biópsia.
A bronquiolite obliterante é habitualmente progressiva e refratária à terapêutica; assim, a abordagem é geralmente de suporte, orientada pelos sintomas e baseada na etiologia.