A arterite de células gigantes (ACG), também conhecida como arterite temporal, é um tipo de vasculite de grandes vasos que afeta predominantemente a aorta e os seus ramos principais, com maior afeção pelos ramos da carótida (incluindo a artéria temporal). A arterite de células gigantes é caracterizada por leucócitos inflamatórios nas paredes dos vasos, levando a danos reativos, isquemia e necrose. A arterite das células gigantes manifesta-se com cefaleia, hiperestesia do couro cabeludo, claudicação mandibular, manifestações oculares que podem resultar em perda visual irreversível. O diagnóstico é estabelecido com biópsia da artéria temporal. O tratamento precoce com glucocorticoides é essencial para alívio sintomático e evitar a perda de visão.
Última atualização: Jun 29, 2022
A arterite de células gigantes (ACG) é resultado de uma cascata de inflamação e dano vascular e reparação disfuncional:
Ramos da ATS, que podem estar envolvidos na ACG
Imagem por BioDigital, editado por Lecturio.Amostra histológica de biópsia da artéria temporal do mesmo caso, corada com hematoxilina-eosina, a revelar a fragmentação, distorção descontinuidade da lâmina elástica interna, característica da arterite temporal
Imagem: “Association between human papillomavirus DNA and temporal arteritis” por Mohammadi, A., Pfeifer, J.D., Lewis, J.S. License: CC BY 2.0.Fisiopatologia da arterite de células gigantes
Ativação das células T através da apresentação de um antigénio por células dendríticas (APC). Estas recrutam e ativam mais células inflamatórias, incluindo os macrófagos, através de recetores (TLR), citocinas e quimiocinas. Os macrófagos organizam-se em células gigantes e produzem metaloproteinases da matriz (MMPs) e fatores de crescimento (PDGF e VEGF). Isto leva à destruição e hiperplasia e, consequentemente, oclusão dos vasos.
Fundoscopia do olho direito a demonstrar as manchas algodonosas ao longo das arteríolas supraemporais e infratemporais (setas). As manchas algodonosas indicam obstrução das arteríolas da retina, levando à isquemia da retina.
Imagem: “Cotton-wool spots” por James Paget University Hospital NHS Foundation Trust, Lowestoft Road, Gorleston, Great Yarmouth NR31 6LA, Norfolk, UK. Licença: CC BY 2.0.O supracitado é um algoritmo simples para ajudar a estabelecer o diagnóstico da ACG. Este determina as etapas básicas no diagnóstico da doença e quando esta deve ser considerada.
Imagem por Lecturio.Biópsia da artéria temporal a demonstrar infiltrados celulares inflamatórios mistos transmurais com espessamento da íntima, fragmentação e distorção da lâmina elástica interna.
Imagem: “Biopsy of temporal artery” por the Department of Pathology and Laboratory Medicine, University of Florida, College of Medicine, Jacksonville, FL, USA. Licença: CC BY 2.0.