Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
A acidose tubular renal (ATR) é um desequilíbrio no pH fisiológico, causado pela incapacidade do rim em acidificar a urina e manter o pH do sangue em níveis fisiológicos. A acidose tubular renal existe em vários tipos, incluindo ATR distal (tipo 1), ATR proximal (tipo 2), ATR mista (tipo 3) e ATR hipercalémica (tipo 4). Dependendo do tipo de ATR, existem vários mecanismos a causar disfunção da regulação ácido-base renal, resultando em acidose metabólica sem gap aniónico. Todas as ATRs apresentam, clinicamente, algum grau de acidose metabólica; no entanto, a ATR distal e a ATR proximal também apresentam hipocalémia, enquanto que a ATR hipercalémica não. O diagnóstico é estabelecido, sobretudo, com base na história e nas análises laboratoriais, incluindo a medição dos gaps aniónicos sérico e urinário. O tratamento envolve a correção da acidose metabólica crónica com agentes alcalinizantes, para prevenir os seus efeitos catabólicos a longo prazo nos ossos e músculos, bem como a abordagem das causas subjacentes que levam a esta condição.
Última atualização: Nov 1, 2022
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
A acidose tubular renal (ATR) é um desequilíbrio no pH fisiológico, causado pela incapacidade do rim em acidificar a urina e manter o pH do sangue em níveis fisiológicos.
A ATR pode ser classificada com base nas características clínicas e no defeito fisiológico:
Comparação dos tipos de ATR, incluindo as características clínicas, defeitos fisiológicos e potenciais etiologias:
Características | Secreção de H+ prejudicada nos segmentos distais
|
---|---|
Defeito renal |
|
Etiologia |
|
Características | Reabsorção proximal de HCO3 prejudicada
|
---|---|
Defeito renal | Disfunção tubular inespecífica ou mutações em genes envolvidos na reabsorção de HCO3– |
Etiologia |
|
Características | Mutações hereditárias da anidrase carbónica tipo II
|
---|---|
Defeito renal | Mutações hereditárias da anidrase carbónica tipo II |
Etiologia |
|
Características | Alteração da libertação de aldosterona ou da sua resposta
|
---|---|
Defeito renal | Reabsorção de Na+, via canal epitelial de Na+, prejudicada |
Etiologia | Hipoaldosteronismo congénito (Doença de Addison)
|
Em adultos, as causas mais comuns são:
Em crianças, a causa mais comum é genética:
Outras causas:
Em adultos, a causa mais comum é a gamopatia monoclonal:
Em crianças, as causas mais comuns são:
Outras causas:
Em adultos, as causas mais comuns são:
Outras causas:
A fisiopatologia da ATR distal (tipo 1) é a alteração da secreção ácida no ducto coletor do túbulo distal.
Processo normal de acidificação urinária:
Processos anormais que levam à ATR distal:
Complicações:
A fisiopatologia da ATR proximal (tipo II) baseia-se na alteração da reabsorção de bicarbonato no túbulo proximal.
Processo normal de reabsorção de HCO3– no túbulo proximal:
Processos anormais que levam à acidose tubular renal proximal (tipo 2):
Complicações:
O defeito subjacente na ATR do tipo 3 consiste em anomalias tubulares renais proximais e distais, que resultam em acidémia sistémica grave.
O mecanismo clássico, na maioria dos indivíduos com ATR hipercalémica (ou seja, nefropatia diabética e DRC leve a moderada), é o hipoaldosteronismo hiporreninémico.
As acidoses tubulares renais, muitas vezes, não têm uma apresentação clínica específica e só são consideradas quando a acidose metabólica é descoberta. Embora alguns indivíduos sejam assintomáticos, muitos apresentam sintomas significativos causados pela etiologia subjacente da ATR, em vez de sintomas da própria acidose.
A acidose tubular renal deve ser considerada como diagnóstico diferencial da acidose metabólica sem gap aniónico (NAGMA, pela sigla em inglês).
Uma vez identificada a NAGMA, considerar no diagnóstico diferencial:
Verificar o gap osmolal urinário (UOG, pela sigla em inglês) e/ou o gap aniónico urinário (UAG, pela sigla em inglês).
Para diferenciar os tipos de ATR, avaliar:
Nível de bicarbonato sérico:
pH da urina:
Potássio sérico:
Se o diagnóstico ainda não for claro, pode ser realizado um teste de infusão de bicarbonato:
O tratamento da ATR proximal é mais complicado do que simplesmente substituir o bicarbonato:
Justificação:
O tratamento envolve uma abordagem combinada:
Devido à sua raridade, não há consenso sobre o tratamento da ATR tipo 3.
O tratamento da ATR hipercalémica difere significativamente das outras formas de ATR, principalmente porque a terapêutica com bicarbonato oral não é o tratamento de primeira linha.